'Revolta pelo erro médico': filha denuncia sequelas em idosa após gaze ser esquecida em cirurgia

  • 13/10/2025
(Foto: Reprodução)
Atenção, imagens fortes Reprodução A idosa de 64 anos que ficou em coma e passou por três cirurgias após uma compressa de gaze ser esquecida dentro do corpo durante procedimento na Casa de Saúde de Santos, no litoral de São Paulo, sofre com sequelas físicas e traumas emocionais, segundo a filha (as imagens abaixo são fortes). “Ficou com ansiedade, depressão, toma remédio, tem vários episódios de diarreia porque foram retirados vários pedaços de intestino”, contou ela, que preferiu não se identificar. Hospital foi condenado por esquecer gaze dentro de paciente após cirurgia, em Santos, SP Reprodução e Arquivo/A Tribuna Jornal Devido à situação, o hospital Casa de Saúde de Santos foi condenado a pagar mais de R$ 245 mil à paciente e seus familiares. A decisão é da 12ª Vara Cível da cidade e ainda cabe recurso. Procurada pelo g1, a instituição não se posicionou até a última atualização desta reportagem. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Santos no WhatsApp. A filha da paciente criticou a postura da equipe médica e disse que os profissionais estavam mais preocupados com dinheiro do que com a vida da mãe. Para ela, a conduta após a primeira cirurgia foi “totalmente desprezível”. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Segundo relatou, durante o procedimento, os médicos identificaram um quadro de diverticulite e informaram sobre a necessidade de uma nova intervenção. Um dos profissionais sugeriu que a cirurgia fosse feita de forma particular, alegando que o valor pago pelo plano era baixo. A família foi cobrada em R$ 12 mil. “A equipe que estava ali, estava visando dinheiro”, afirmou. A paciente enfrentou meses de dores, internações e complicações até que o corpo estranho fosse identificado. A filha relatou que a descoberta da compressa provocou sentimentos contraditórios. “A primeira coisa foi o alívio, porque sabíamos que a partir daquele momento as coisas poderiam melhorar. Mas também veio a revolta pelo erro médico”. Ela reforçou que a responsabilidade é da instituição. “A compressa deixada foi dentro do hospital, pela equipe que atende dentro do hospital. Então eles (Casa de Saúde) são responsáveis sim pela equipe que atende lá dentro.” Segundo a decisão judicial, o juiz Rodrigo Garcia Martinez entendeu que, mesmo sem identificar o momento exato da falha, a compressa só poderia ter sido esquecida durante uma cirurgia. O magistrado destacou que o hospital não conseguiu comprovar que não teve responsabilidade no caso e, por isso, deveria ser responsabilizado. A filha da paciente considerou a decisão justa. “Uma compressa de gaze só é esquecida dentro de um ser humano quando existe uma cirurgia. A única cirurgia que ela fez foi dentro da Casa de Saúde, então só podia ter sido dentro da Casa de Saúde.” Ela disse que, ao descobrir o erro, a mãe chorou muito e ficou ainda mais abalada. “Quando ela soube, na verdade, ela chorou muito, ficou mal, mas não conseguia ter a dimensão do problema.” De acordo com a filha, atualmente a idosa está fisicamente melhor, mas segue em tratamento psicológico. Ela faz uso de medicamentos e é acompanhada por psicóloga e psiquiatra. Procurado pelo g1, o hospital Casa de Saúde de Santos não se posicionou até a última atualização desta reportagem. Idosa que ficou em coma após gaze esquecida em cirurgia, em Santos, está com traumas e sequelas Reprodução Entenda o caso A idosa procurou o pronto-socorro do hospital em março de 2023 com queixas de dor abdominal, náuseas e enjoos. No primeiro atendimento, recebeu o diagnóstico de infecção urinária, foi medicada e liberada. Como os sintomas persistiram, ela retornou ao hospital e, dessa vez, foi diagnosticada com cálculo renal. Novamente, foi medicada e liberada. Sem melhorar, a paciente voltou ao hospital pela terceira vez, ainda em março, e acabou sendo internada. Após novos exames, os médicos identificaram a necessidade de intervenção cirúrgica. Ela foi submetida a uma videolaparoscopia, um procedimento minimamente invasivo que utiliza pequenas incisões para introdução de uma câmera de alta definição e instrumentos cirúrgicos. Durante a cirurgia, foi realizada a retirada do apêndice e a drenagem de um abscesso abdominal. Ainda com dores, a paciente voltou a ser internada e, em 10 de abril, foi submetida a uma segunda cirurgia, inicialmente realizada por videolaparoscopia. No entanto, os médicos precisaram converter o procedimento para uma cirurgia aberta, com acesso direto à cavidade abdominal. Nessa nova intervenção, foi necessária a retirada de parte do intestino e a implantação de uma bolsa de ileostomia, dispositivo conectado ao intestino delgado para a coleta do material fecal. Gaze encontrada: situação se agravou Os problemas persistiram, com episódios de febre e inflamação nos pontos cirúrgicos, e a idosa precisou ser internada novamente para tratamento com curativo a vácuo. Ela permaneceu na unidade hospitalar por dois meses, entre 18 de abril e 6 de junho. Durante esse período, foram constatadas fístulas (pequenos rasgos no intestino) e saída de fezes pelo curativo. Mesmo após receber alta, o corte continuava aberto, e a paciente seguia com dores, febre e exalando um cheiro forte do local operado. A família informou ter procurado o hospital por respostas, mas, sem um posicionamento efetivo, decidiu buscar uma segunda opinião com um gastroenterologista na capital paulista. Em São Paulo, ela foi submetida a uma nova colonoscopia. O exame revelou a presença de um corpo estranho: uma compressa de gaze no interior da paciente, que estaria provocando os sintomas. A equipe tentou remover o material durante o procedimento, mas não teve sucesso. Diante da gravidade, a idosa foi submetida a uma terceira cirurgia de urgência no hospital da capital. Além da compressa, os médicos retiraram a vesícula e mais um segmento do intestino. O procedimento foi considerado complexo e de alto risco, devido ao estado debilitado da paciente. Depois da cirurgia, ela chegou a ficar três dias em coma, 31 dias na UTI e outros nove dias na unidade semi-intensiva, antes de ir para a enfermaria e receber alta hospitalar. VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos .

FONTE: https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2025/10/13/revolta-pelo-erro-medico-filha-denuncia-sequelas-em-idosa-que-ficou-em-coma-apos-gaze-esquecida-em-cirurgia.ghtml


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